Vestida de branco e prateado, com um conjunto vaporoso extremamente fino, Rita Lee está mais chique e esfuziante que nunca. Durante dois dias, sábado 1o, e domingo 2 de dezembro últimos, ela subiu ao palco do enorme Palácio das Convenções do Parque Anhembi (3500 lugares), em São Paulo, para encantar o público, levá-lo a um delírio de dança e aplausos e lançar sobre todas aquelas cabeças algumas perguntas extravagantes: “Mas qual é a verdadeira música brasileira?”, indagou ela ao público ansioso. “Será rumba?” O coro: “Não!”. Pausa. “Será o bolero?”. O coro: “Não!”. Outra pausa, enquanto Rita Lee caminha pelo palco. “Será o samba?” O coro ulula alto: “Não! Não!”. Fingindo surpresa, mas contorcendo-se na superioridade dos que já sabem a resposta, ela repica: “Mas então… Só pode ser… Será o rock’n’roll?”. A massa delira: “É! É!”. E logo em seguida fazendo o som explodir por todos os cantos do salão, ela e sua banda atacam o Arrombou a festa II, um rock adaptado de sua primeira versão (de 1976), em que há um espanto pela música popular brasileira, um deboche escrachado a alguns de seus mitos e uma palavra de ordem: “Ziri, Ziriguidum / Skindô, skindô lelê / Sai da minha frente que eu quero é comer / A música popular brasileira”.
Meio sem idade, embora vá completar 32 anos no dia 31 de dezembro, nem adolescente, nem velha, nem criança, nem madura, Rita Lee Jones encontrou ali a encruzilhada de todos os seus caminhos, que fazem dela uma velha roqueira – engatinhando desde o fim dos anos 1960 – e uma jovem majestade – correndo para os anos 1980 sob a proteção de uma aura de fascínio atestada pela crescente influência de seus discos, suas músicas e seus shows pelo país afora.
Rita no palco: fome de música © Mauricio Valladares
A afluência, facilmente explicável pelos quase 200 mil discos Rita Lee vendidos nos últimos dois meses, prendia-se porém a outros fatores e outras sugestões muito diferentes da simples crítica à música popular brasileira. Estava no palco, além da endiabrada careteira de tantos festivais, uma cantora romântica, sensual, embalada e feliz ao som e ritmo de seu já célebre Mania de você, feita em parceria com o marido, o guitarrista Roberto de Carvalho. Foi literalmente estalando os lábios que o público a acompanhou nos sussurros que falam de “Meu bem, você me dá água na boca/ Vestindo fantasias, tirando a roupa”. Foi também tocando-se que os anestesiados ouvintes fizeram coro com Rita Lee quando ela proclamou, na mesma música: “Nada melhor do que não fazer nada / Só pra deitar e rolar com você”. Foi a glória. Uma jovem desmaiou – só uma. “Em Campinas desmaia-se muito mais”, diria depois do show o marido de Rita, Roberto, 27 anos, para quem foi feita a música Mania de você após uma paradisíaca batalha entre ambos no leito conjugal. “Nesses momentos, o santo baixa”, completa Rita. “Meu casamento com Roberto é um casamento mesmo.” Em suma, não é só musical. Além de muso inspirador, Roberto é arranjador e parceiro em quase todas as músicas recentes de Rita Lee.
Há, por isso, quem fale em “astral positivo” para explicar o atual deslumbramento que Rita Lee, signo Capricórnio, doze anos de vida profissional, a maior parte deles como estrela de segunda ou terceira grandeza, vem provocando no público. A “gringa”, filha de pai descendente de americanos e mãe de origem italiana, nascida em São Paulo, sempre foi uma força estranha na música brasileira que ela quase sempre desprezou; em compensação, também acabou segregada pela música brasileira. Seu roquinho simples, bom de ser ouvido em radinho de pilha, comove e empolga. “Não sou nem bonita nem gostosa”, diz a autora de Perigosa, o saltitante hit que lançou no mundo as Frenéticas. “Mas dou pro gasto.”
Nem símbolo sexual como Simone, nem atriz como Maria Bethânia, nem cantora como Elis Regina, ela penetra numa zona nebulosa de que só o passar do tempo mostrou o valor. No fim da década de 1960, quando explodiu com os irmãos Sérgio e Arnaldo (seu ex-marido) no conjunto Os Mutantes, Rita era a moça bonitinha, extravagante em suas roupas de noiva grávida ou bruxa medieval, capaz de provocar um sorriso mais de complacência do que de entusiasmo. Engano. “Ela era tão pioneira que inaugurou a elegância moderna na forma, até para nós, que nos identificamos com ela”, diz Gilberto Gil, parceiro e guru dos Mutantes em sua primeira hora. Hoje, Rita Lee é uma espécie de obsessão de fãs – geralmente mulheres – na faixa dos 30 anos. As mesmas que, dez anos atrás, não compravam seus discos nem viam seus shows.
Um casamento feliz, após a “avacalhação” que foi sua ligação com Arnaldo, dois filhos, Roberto, de 2 anos e meio, e João, de 4 meses, uma carreira finalmente resgatada da maldição de apenas três anos atrás, quando passou quinze dias na cadeia sob a acusação de fumar maconha, ajudam a traçar o perfil de Rita Lee em via de entrar nos anos 1980. Suas fãs compram Rita Lee para os próprios filhos. É um caso óbvio de identificação com a felicidade alheia. Pioneira nos anos 1960, como lembra Gil, ela seria agora a acomodada mãe de família, como lembram seus críticos. Engano. Há mais Rita Lee, em seus múltiplos papéis, que os discos registram ou os shows mostram.
Alguns desses papéis nasceram na cabeça da protagonista; outros lhe foram impostos pela vida afora. No primeiro caso, há a galeria de personagens que ela pretende colocar num filme infantil a ser feito no ano que vem e que incluem pelo menos quatro tipos notáveis. “Gininha”, ou “Regina Célia”, que não diz a idade, se sente jovem, solteirona que gosta de fazer pesquisas entre a juventude, tem um sobrinho, “Ernesto”, que estudou em Campinas e toca num conjunto de rock que ela não entende. “Aníbal”, malandro amigo de Gilberto Gil, mora no morro, é mulherengo e só gosta de samba. “Gumgum”, de 4 anos, uma menininha meio chata, mas carinhosa, órfã, que passa o tempo todo se encostando nas pessoas imaginando que elas são seu pai ou sua mãe. E “Alien”, primo do “oitavo passageiro”, figura monstruosa que veio de outro planeta.
No segundo caso, sua biografia começa na confusão de nomes. “Ela deveria chamar-se Bárbara, em homenagem à santa, mas na hora em que ela nasceu resolvemos homenagear minha sogra, que se chamava Clorinda e tinha o apelido de Rita”, conta Carlos Fenley Jones, 76 anos, dentista de Santa Bárbara d’Oeste (SP) e pai de Rita. Continua na troca de profissões: “Eu queria que ela seguisse veterinária porque não acreditava na carreira de músico. Não acredito até hoje, embora ela componha com talento”, acrescenta. “Rita sempre foi gordinha. Agora é que está magra desse jeito, meu Deus, como eu rezo por ela!”, conclui a mãe, Romilda Padula Jones.
Só Deus sabe quantas noites dona Romilda passou rezando para seus santinhos na grande casa da Vila Mariana, bairro de classe média de São Paulo, onde Rita nasceu. Ali ela viveu sua infância ao lado das duas irmãs mais velhas, Mary Lee e Virgínia Lee, e já aos 13 anos decidiu que só iria a um casamento de amigos vestida de preto. Anos mais tarde, ao assistir a um show de Rita no Rio, a mãe se deparou com uma encenação em que a filha aparecia deitada num caixão, como se estivesse morta.
Engano. Quando menina, Rita compôs sua primeira letra sob o título de O quarto do morcego. A seguinte, uma valsa, chamou-se O esqueleto da borboleta”. E ela estava sempre bem viva.
Enfim, apesar da descrença dos pais, Rita estudou piano durante quatro anos com Magdalena Tagliaferro e, na época da formatura do ginásio, pediu ao pai que lhe desse uma bateria de presente. Ao contrário de muitos cantores e cantoras, geralmente de origem nordestina e cuja infância se caracteriza segundo eles por uma total ausência de traumas, Rita passou maus momentos em seus primeiros anos. Quando fez a primeira comunhão, aos 7 anos, a mãe cortou-lhe os cabelos compridos e ela sentiu a primeira grande tristeza da vida, da qual se vingou ao adquirir também a primeira sensação de pecado ao lamber o bolo antes de receber a hóstia. A bateria lhe deu acesso a um conjunto adolescente, as Teenager Sisters, do Colégio Pasteur, onde estudou do ginásio até o científico, e aos 18 anos ao Túlio Trio, com o qual tocava em festinhas até o momento em que o músico Túlio morreu num desastre de carro. Enfim, desencantou-se ainda cedo da religião católica quando as missas passaram a ser traduzidas do latim para o português – perdendo, segundo ela, o ar de mistério que a hipnotizava nas manhãs de domingo.
Os Mutantes nasceram da vizinhança dos três componentes, na Vila Mariana, e tiveram vida curta e brilhante. Os jornais chamavam o grupo de “Beatles brasileiros” e, ao lado das estrelas emergentes de Caetano Veloso e Gilberto Gil, nos festivais do fim da década de 1960, ele se transformou no grupo mais notável da recém-eletrificada música brasileira daquele tempo. “Quando eu a conheci”, lembra Gilberto Gil, ainda hoje o guru, além de padrinho do primeiro filho de Rita, “achei que era uma fada que trazia os signos da gente nova. Ela era o espírito dos Mutantes. Surpreendia sempre com suas criações coloridas, com suas roupas imprevisíveis.” Foi a fada mais bela e feliz da virada dos anos 1960, acreditaram todos. Engano. “Era uma mulher aflita, inquieta”, corrige Gil. Arnaldo e Sérgio, acrescenta Rita, partiram para um trabalho mais complexo em que não faltava uma ponta de machismo, “pois eu queria tocar sintetizador eletrônico e era obrigada a ficar batucando um pandeirinho”. O conjunto durou algum tempo mais até que cada um seguiu seu próprio caminho.
O de Rita durou alguns anos, brigando por um sucesso que lhe parecia vedado: foi manequim nos anos 1970, perambulou por Arembepe como todos os filhos da década, batalhou por um conjunto próprio, o Tutti Frutti, que se desmantelou em brigas internas, até gravar seu primeiro disco como solista, Atrás do porto tem uma cidade, em 1974. Desse primeiro disco até o atual estouro de Rita Lee, ela fez outros quatro, sob severo castigo da crítica e razoável desprezo dos empresários. Em 1976 veio o sufoco. “Eu estava num ponto em que pagava para cantar, era sempre prejuízo, sempre prejuízo”, lembra. O momento mais amargo ocorreu em agosto de 1976 quando ela estava nos primeiros meses de gravidez e a polícia bateu em sua porta, procurando por maconha. Ela abriu. “Não sabia que atrás disso tinha um plano para acabar comigo”, diz ela, misteriosamente. Estava grávida e fazendo macrobiótica. “Marquei touca, dancei com dez”, suspira.
Os dez foram parar na cadeia, onde Rita ficou quinze dias numa cela com nove mulheres, algumas assassinas. Fez então a música, “X 21” (o xadrez em que estavam), contando a história de cada uma delas, até agora retida na Censura. Não se deixou abater. Dizia às mulheres que, já que estavam presas, pelo menos que fossem felizes, inocentes, que cantassem e se beijassem. “Era uma coisa bonita demais”, recorda Rita. Solta, depois condenada a um ano e meio de prisão domiciliar (período no qual fazia seus shows sob a condição de imediatamente voltar para casa), ela acabou absolvida e algo vacinada contra a sua decantada ingenuidade. “Foi pena, já não sou mais primária”, diz. Engano. Ela pondera: “Eu me dou bem com a droga. Jamais me viciei, pô!”.
A descida aos porões, temia Rita ao ser solta, deveria aniquilá-la de vez. Engano. Recebeu mais cartas de solidariedade que em qualquer outra época até então de sua vida, teve palavras de apoio de mães e principalmente aprendeu a não ter medo. Em 1969, Rita assistira, do alto do palco de Itaquera, cidadezinha próxima de São Paulo, a um soldado balear um rapaz na boca. Depois que saiu da cadeia, foi procurada pela mãe do rapaz, que lhe perguntou se poderia testemunhar no processo contra o policial. Ela mal se lembrava do episódio, mas a mulher argumentou que o rapaz morto, seu filho, fora ao show porque estava apaixonado por Rita e de certa forma ela era sua sogra. Rita foi, testemunhou (embora sem poder identificar o policial) e o assassino acabou condenado. “Hoje, só tenho medo de duas coisas”, diz ela. “Barata e avião.”
O perfil da “nova Rita”, ecológica e tranquila, a favor da paz e magnânima com os poucos críticos que ainda a desancam (e contra os quais ela se limita a bater na madeira), nasceu nessa época. Ela se indignou porque Alice Cooper em seu show de rock-ofídico tratava mal suas serpentes, dopando-as, e adotou duas pequenas jiboias, com as quais chegou a tomar banho. Chamavam-se “Mutt” e “Angel”, comiam ratos vivos, quando percebiam que as vítimas estavam com medo. Teve em casa cachorro, coelho, gato e jaguatirica. Hoje, em seu casarão no Pacaembu, em São Paulo, não tem mais nada. Está se reservando para criar um zoológico assim que comprar terras fora de São Paulo. “Faço questão de ensinar a meus filhos que eles não devem ter medo, que tudo é vida”, diz Rita.
Tietagem: Maria do Carmo e Geraldo Mayrink visitam o camarim da estrela, 1979 © Paulo Vasconcellos
Em casa, onde tem um pequeno estúdio de som, com isolamento acústico (piano ali, depois das dez da noite, provoca reclamações da vizinhança), Rita passa a maior parte do seu dia. Acorda entre nove e dez da manhã, faz ginástica correndo em volta da casa, cuida dos filhos. Foi ali também, geralmente em parceria com o marido, que ela compôs suas últimas – e melhores canções –, sem nenhum método, ao sabor da inspiração do momento. Ela se transformou em personagem de música, como em Sampa, de Caetano Veloso (“Ainda não havia para mim Rita Lee/ A sua mais completa tradução”), como fez suas personagens todo um cordão de figuras da música popular brasileira. Em sua versão reformada de Arrombou a festa, ela não poupa nem a si mesma (“E a Rita Lee parece que não vai mais sair dessa/ Pois pra fazer sucesso arrombou de novo a festa”) para lembrar que “Alcione é boa de pistom mas bota a boca no trombone”, que “no meio disso tudo a Fafá vem dar um jeito, além de muita voz ela também tem muito peito” ou que o “Chico na piscina grita logo pro garçom afasta esse cálice e me traz Moët Chandon”.
Chico Buarque, o alvo mais ilustre das críticas que a “gringa” devolve aos que vivem dizendo que ela veio infestar a música brasileira com os germes made in USA, ouviu e disse: “Eu detesto champanhe”. Mas acrescentou que tanto ele quanto suas filhas adoram o humor de Rita Lee (no caso do pai, “também as sardas”) e lembrou que numa entrevista Rita lamentava não poder usar a palavra “tesão” em suas letras (embora use no palco, ao referir-se ao marido que toca ao seu lado). “Agora já pode”, cobra Chico. “Usei a palavra numa música do filme Bye bye Brasil e a Censura não se manifestou.” Quanto ao guru Gilberto Gil, declara-se “abismado” com o último disco de Rita: “Ela está cantando como nenhuma outra mulher no Brasil, hoje”.
A esta altura, com mais de cem músicas compostas, o fato de ter atingido um status de star não deveria causar espanto às multidões que cada vez mais, em estádios de até 7 mil pessoas, correm para ver os shows de Rita Lee. Mas ela foi a mais constante vítima encostada nos paredóns da pureza da música popular brasileira, e o fato de ter sobrevivido não deixa de ter seu lado mágico. Preguiçosa como artista, que gostaria de estudar, porém confessa não ter paciência, ela atingiu uma simplicidade que não abole as gravações em finíssimos 24 canais estereofônicos, em que sua voz – pouca – é duplicada como se ela formasse um coro consigo mesma. Sem a obsessão romântica de Roberto Carlos, ela tem músicas, como Mania de você ou Doce vampiro (“Vou abrir a porta pra você entrar/ Beijar minha boca/ Até me matar… de amor”), que vestiriam solenemente o Rei numa noite de gala. Mas Roberto, como se sabe, só existe um. Rita Lee, como agora todos estão vendo, também é única.
Ela acredita que recebeu ajuda, na Terra, de Gilberto Gil e muitos amigos, e do Além, de uma de suas admirações secretas. Quatro anos atrás, num centro espírita em São Paulo, Rita presenciou a médium fechar os olhos, mudar de voz e declarar: “Tenho acompanhado sua carreira e gosto muito de você. Vou te proteger”. Ela não reconheceu a voz de imediato e perguntou quem estava falando. “Dolores Duran”, respondeu a voz. Rita garante que só ela e o marido sabiam dessa admiração por Dolores Duran. Além disso, não tem a menor dúvida de que existem discos voadores e vida em outros planetas. Sua leitura preferida é ficção científica, “dessas baratas, vagabundas”, e no momento está adorando um outro livro, A vida secreta das plantas. Só bebe refrigerante. E acha que a crise do petróleo é útil na medida em que obriga as pessoas a andarem de bicicleta.
O furor que Rita vem causando em plateias mais maduras, e do qual ela ouviu falar “vagamente”, pode portanto ser também obra do astral. Um psicólogo amador logo diria que Rita, 1,70 metro, cinquenta quilos, roupas e maquiagens carregadas de cor, encarna a vedete que todas as mulheres queriam ser, com a vantagem de que seu deboche é de consumo estritamente doméstico e suas agressões são mais divertidas que doídas. Não tem religião, mas se declara adepta de todas. Acha Cristo a maior figura da humanidade porque jamais se conseguiu provar nada contra ele. Reforma partidária, para ela, é apenas a obrigação de se acrescentar um “P” ao nome dos partidos. Não é feminista, mas acredita que Deus é brasileira. Jamais foi agredida por seu público e dispensa segurança.
Na entrada do Parque Anhembi, ela foi agarrada por uma jovem, provavelmente drogada, que começou a sufocá-la. Sentiu então uma ponta de medo. Mas, antes que fossem apartadas, abraçou a moça, ante o olhar perplexo do público, até que ela foi relaxando. As duas choraram. “Era carinho”, percebeu Rita.
Deve ser algo assim, como emoções circulando num circo infantil, que as plateias captam imediatamente quando Rita sobe no palco. Mais ou menos como a canção que compôs para o primeiro filho, um conselho que parece tocar fundo a seu público: “Seja sempre uma criança, e não pare de crescer”.
Com Lucila Camargo